Então vamos falar um pouco sobre a nova lei do Ensino Fundamental.Antes disso, devo reclamar que mãe sofre por tudo mesmo, e sei que esta será só mais uma decisão que terei de tomar ao longo de pelo menos 18 anos, e olhe lá, pois mesmo depois de criados os filhos sempre recorrem a nós para ajudá-los em "suas" decisões.
Ainda não tenho uma opinião formada sobre isso, mas estou me informando, afinal ainda tenho tempo. Pelo menos até o final desse ano.
Vamos começar pelo que está na lei:
1. Qual é a fundamentação legal sobre a ampliação do Ensino Fundamental?
Para se apropriar do amparo legal sobre a ampliação do Ensino Fundamental, é interessante uma perspectiva do seguinte histórico do ordenamento político-legal:
Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1996 - Estabelecia 4 anos de Ensino Fundamental.
Acordo Punta del Leste e Santiago - Compromisso de estabelecer seis anos para o Ensino Fundamental até 1970.
Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971 - Obrigatoriedade do Ensino Fundamental de oito anos.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite a matrícula no Ensino Fundamental de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade.
Lei nº 10. 172, de 9 de janeiro de 2001 - •Aprovou o Plano Nacional de
Educação/PNE. •O Ensino Fundamental de nove anos se tornou meta progressiva da educação nacional
Lei nº 11. 114, de 16 de maio de 2005 – torna obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental.
Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – amplia o Ensino Fundamental
para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010.
*Informações retiradas do portal do MEC.
Ainda no portal tem um arquivo de perguntas mais frequentes, onde eles respondem que:
Parecer CNE/CEB nº 6, de 8 de junho de 2005: os sistemas de ensino deverão fixar as condições para a matrícula de crianças de seis (seis) anos no Ensino Fundamental quanto à idade cronológica: que tenham seis (seis anos) completos ou que
venham a completar seis anos no início do ano letivo.A Luiza hoje está com 4 anos completos, por tanto ela ainda tem mais um ano de educação infantil. Completando o ano que vem, no mês de dezembro, 6 anos, para só então no inicio de 2012 ingressar no ensino fundamental.
Porém algumas escolas estão encaminhando para o EF, todas as crianças que completam 6 anos dentro do primeiro ano(primeira série).
Mas gente, minha filha vai estudar um ano inteiro adiantada, e só ficará em dia com a turma, em 24 de dezembro, qdo já nem mesmo tem aula. E pior, vai ser a mais nova da sala até o nono ano!!!! Sem chance!!!
Gente, me revolta a pessoa achar que, assim, o filho vai estar adiantado e se exibir pra todos os amigos o fato do pobrezinho ser o caçulinha da turma sem se importar se isso vai fazê-lo sofrer.
Eu falo por experiência própria...
No inicio eu me lembro de pouca coisa, mas nunca vou me esquecer de qdo levei um livro pra casa que deveria ler na cia de meus pais. Só um detalhe:
Eu não sabia ler!!!!Minha mãe precebendo meu desespero, foi até a escola conversou com os responsáveis e a partir daí, não me lembro de nenhum outro trauma.
Só mais tarde, qdo meus amigos do terceiro colegial(pensando com relação ao termo...) conseguiam dispensa mais cedo da aula sem necessidade de autorização dos pais(já tinham 18 anos), eu ficava F=dida de raiva!
Há, lembrei de outros detalhes que na verdade não são tão traumáticos, mas que atrapalham o desenvolvimento saudável de qualquer criança/jovem.
Eu fui a última da turma a beijar na boca,menstruar e ter seios grandes!!!!
Aliás, eu acho que acabei sendo um tanto precoce nas minhas evoluções devido ao resto do "grupo" ser mais velho. Sei que hoje não faz grande diferença, mas qdo se tem 13 anos!!!!
Acho que a vantagem de ser a amiga mais nova da turma, só passou mesmo a fazer diferença na minha vida após os 30 anos, o que não é mais nenhuma vantagem ao ponto que da turma atual eu sou a "mais velha!" das mulheres claro, sofro!
Conclusão: Disse que não tinha nenhuma opnião formada no inicio do post, mas acabei de decidir, que minha filha não vai ser jogada precocemente no mundo das obrigações escolares, nem que para isso eu tenha que entrar com uma liminar. (será que vou precisar...pensando)
Aproveitando, faço aqui o meu apelo pra que também outras mães que estiverem com a mesma dúvida, poupem seu filhos deste desgaste, e lembrem-se: não serão 6 meses ou 1 ano de "atraso escolar" que farão diferença no futuro.
Ufa!
Me sinto mais leve, rs.
Obs: Não posso deixar dúvida de que, sou a mas velha da turma, mas é só um ano heim!! Humf!!!!
